– Deixa-me mostrar-te como é realmente voar.
– Como? – perguntou.
– Descontrai-te e não tenhas medo – Disse ela.
A sua mente ligou-se á dele, afastando Eragon do seu corpo. Eragon Lutou por um momento, mas depois cedeu o controlo. A sua visão ficou turva e ele deu consigo a ver pelos olhos de Saphira. Tudo estava distorcido: as cores tinham estranhos e exóticos matizes; agora, os azuis eram mais nítidos, enquanto os verdes e os vermelhos estavam mais apagados. Eragon tentou voltar a cabeça e o corpo, mas não conseguiu. Sentia-se como um fantasma que tinha escapado do éter.
Alegria pura irradiava de Saphira à medida que subia pelos céus. Ela adorava esta liberdade para ir onde quizesse. Quando estavam bem acima do chão, ela olhou para Eragon. Ele viu-se como ela o via, agarrado a ela, com um olhar inexpressivo. Conseguia sentir o corpo dela tenso contra o ar, aproveitando as correntes para subir. Todos os seus músculos eram como os dele. ele sentiu a sua caúda balançar-se pelo ar como um leme gigante para corrigir a sua rota. Surpreendeu-o descobrir como ela dependia dele.
Talvez não seja por acaso que Eragon, de Christopher Paolini nos chega tão facilmente, especialmente tendo em conta a juventude o autor, mas isso não lhe tira o mérito, nates pelo contrário.
A verdade é que mesmo que o nome do autor tenha ajudado a difundir o livro, apenas o enredo fantasticamente definido, discrito e delineado permite que o livro seja o sucesso que se tem revelado.
Este primeiro livro de uma série de três, do qual o segundo está já disponivel também no mercado Português, com o nome Eldest, fala-nos de um jovem camponês que encontra uma pequena pedra azul, que acaba por revelar um ovo de dragão, que o escolhe para ser o seu cavaleiro, e dos caminhos por onde este encontro os leva.
Um livro de fantasia, para maiores de 12 e amantes do género. Muito bom.
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