– Atenção! – ordenou Merlin. Melchior voltou os olhos, observando a poeira a dançar na luz. A sua visão parecia invulgarmente apurada, uma vez que imaginava conseguir realmente concentrar-se em cada uma das partículas. Centenas, milhares, depois centenas de milhar delas mantinham-se na sua mente, enquanto formavam e voltavam a formar padrões exóticos, imagens fantasmagóricas que flutuavam no ar apenas para se dissolverem e renascerem outra vez. -O que vês? – murmurou Merlin muito próximo do ouvido de Melchior. Melchior abriu a boca para responder, mas não conseguiu. – Optimo! Uma pessoa deve ficar aparvalhada ao ver a realidade pela primeira vez… os mundos indo e vindo como poeira num raio de sol. O que é o conhecimento do feiticieiro além disso? Oh, céus, a minha mensagem. Subitamente, Merlin afastou Melchior para o lado com um rude empurrão. Antes de conseguir pensar, o aprendiz ouviu uma queda. Uma retorta de vidro fora feita em pedaços e, quando olhou com mais atenção, viu que a causa fora um dardo grosso de um arco. – Aquela seta estava-te destinada – comentou Merlin calmamente. – Não te teria matado, mas quis poupar-te a dor. Melchior conseguiu mmurmurar um rápido agradecimento antes de o…