«Wicca sabe organizar um Sabbat», pensou o Mago, à medida que se aproximava. Ele podia ver e sentir a energia das pessoas, circulando livremente. Nesta fase do ritual, o Sabbat parecia-se com qualquer outra festa – era preciso fazer com que todos os convidados comungassem de uma única vibração. No primeiro Sabbat da sua vida ficara muito chocado com tudo aquilo; lembrava-se de ter chamado o seu Mestre para um canto, para saber o que estava a acontecer.
– Já foste alguma vez a uma festa? – perguntou o Mestre, aborrecido por ele interrompera uma animada conversa.
O Mago respondeu que sim.
– E o que faz uma festa ser boa?
– Quando todos estão a divertir-se.
– Os homens dão festas desde o tempo que habitavam nas cavernas – respondeu o Mestre. – São os primeiros rituais colectivos de que se tem noticia, e a tradição do Sol encarregou-se de manter isso vivo até hoje. Uma boa festa limpa o astral de toda a gente que está a participar; mas é muito dificil de acontecer – bastam poucas pessoas para estragar a alegria comum. Essas pessoas julgam-se mais importantes do que as outras, são difíceis de agradar, acham que estão ali a perder tempo, porque não conseguiram comungar com os outros. E acabam por experimentar uma misteriosa justiça: geralmente, saem carregadas com as larvas astrais expulsas das pessoas que souberam unir-se aos outros.
» Lembra-te que o primeiro caminho directo até Deus é a oração. O segundo caminho directo é a alegria.
Criticado por alguns, aplaudido por muitos, a verdade é que Paulo Coelho vende milhões de livros sempre que publica um novo livro.
Este foi o primeiro livro do autor que li, e ainda que não se trate do livro que mais gosto do Paulo Coelho, é um livro importante para mim, não apenas por ter sido ele a revelar-me o autor, mas também a acordar-me para a existencia de outras possibilidades filosófico-religiosas que não a religião professada pela maioria da nossa sociedade, o que inclui os meus ascendentes directos, e na qual foi criado.
Foi este livro que me levou a querer saber mais sobre muitas das outras possibilidades que se apresentam aos homens que queiram seguir outros homens, o que acabou por me ajudar a perceber que em muitos temas, com a espiritualidade entre eles, eu não sou pessoa de seguir.
É um livro que fala de uma rapariga no seu caminho iniciático por aquilo a que o autor chama de tradição da Lua, por contra-partida com o caminho do Sol, seguido pelo Mago, um segundo personagem e uma das almas gémeas que se cruzam com Brida nesta vida.
Independentemente de tudo o resto, numa coisa penso que o autor tem razão. A alegria é um dos caminhos directos para Deus, independentemente daquilo que Deus represente nas nossas crenças.
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