A Última Aula é muito mais do que um livro. É realmente a última aula, dada por um professor catedrático, Randy Pausch, consciente de que essa seria a sua última aula. A Carnegie Mellon University, a Univerdade onde Randy terminou a sua carreira, teve em tempo um programa a que chamava A última aula, em que um professor convidado dava aquela que gostaria que fosse a sua última aula. No caso de Randy Pausch, devido ao problema de cancro que lhe tinha sido diagnosticado, essa seria mesmo a sua última aula. Ele sabia-o, e fez dessa uma aula que merece ser recordada. Deixo-vos um pequeno estrato do livro, que foi escrito posteriormente a essa aula, estendendo-a: Sonhar em grande Os homens pisaram a Lua no Verão de 1969, tinha eu oito anos. Soube então que quase tudo era possível. Era como se todos nós, em todo o mundo, tivéssemos obtido permissão para ter sonhos em grande. Nesse verão tinha ido acampar e, quando o módulo lunar poisou, fomos para a casa principal da fazenda, onde tinham ligado uma televisão. Os astronautas estavam a demorar muito tempo a organizar-se antes de poderem descer a escada e andar na superfície da lunar. Eu compreendia. Tinham…
– Atenção! – ordenou Merlin. Melchior voltou os olhos, observando a poeira a dançar na luz. A sua visão parecia invulgarmente apurada, uma vez que imaginava conseguir realmente concentrar-se em cada uma das partículas. Centenas, milhares, depois centenas de milhar delas mantinham-se na sua mente, enquanto formavam e voltavam a formar padrões exóticos, imagens fantasmagóricas que flutuavam no ar apenas para se dissolverem e renascerem outra vez. -O que vês? – murmurou Merlin muito próximo do ouvido de Melchior. Melchior abriu a boca para responder, mas não conseguiu. – Optimo! Uma pessoa deve ficar aparvalhada ao ver a realidade pela primeira vez… os mundos indo e vindo como poeira num raio de sol. O que é o conhecimento do feiticieiro além disso? Oh, céus, a minha mensagem. Subitamente, Merlin afastou Melchior para o lado com um rude empurrão. Antes de conseguir pensar, o aprendiz ouviu uma queda. Uma retorta de vidro fora feita em pedaços e, quando olhou com mais atenção, viu que a causa fora um dardo grosso de um arco. – Aquela seta estava-te destinada – comentou Merlin calmamente. – Não te teria matado, mas quis poupar-te a dor. Melchior conseguiu mmurmurar um rápido agradecimento antes de o…
Uma das maiores lições que já aprendi foi quando era empregado numa loja de vídeos em Fort Lauderdale, na Florida. Eramos pago à comissão – uma comissão muito pequena em electrodomésticos de maior porte, coisas como televisões e câmaras de video e uma comissão maior nas restantes mercadorias – baterias, malas e outros acessórios – porque havia muita venda destes produtos. Um dia, entrou um individuo cheio de pressa. Ele ia fazer uma viagem com a família, que estava à espera no carro, e precisava rapidamente de uma câmara de vídeo. Ele confiou em mim e disse: – Dê-me aquilo que acha melhor porque quero gastar 1000 dólares numa câmara de vídeo. Aqui está o cheque. Dê-me algo que possa utilizar agora. Por isso, escolhi para ele e ensinei-o a utilizá-la. Não ganhei muito dinheiro com aquilo porque era um electrodoméstico de grande porte. Em vez de lhe mostrar todos os acessórios, disse para mim mesmo «este tipo está com pressa». Cerca de três dias mais tarde, o mesmo homem regressou como se eu tivesse acabado de lhe matar um filho. – Confiei em si. Passei-lhe um cheque de 1000 dólares assim que aqui entrei. Era suposto você tomar conta…
Os pequenos pormenores – o seu tom de voz, as palavras exactas que utiliza quando participa em eventos em tudo o resto banais – comunicam imensas coisas. Será que os pequenos detalhes, como uma ligeira mudança de expressão facil, têm importância? Os seres humanos não incham como sapo nem mudam de cor como os camaleões. As nossas reacções evidenciam-se em expressões faciais mais subtis, em tons de voz e através da nossa linguagem corporal. Pense no seguinte: reconhecer a expressão facial de alguém leva menos de um sexto de segundo. Somos capazes de processar expressões a mais de cem metros. Como conseguimos fazê-lo? Prestando atenção. Os seres humanos sintonizam-se com as expressões faciais enquanto indicadores daquilo em que os seus companheiros estão a pensar. Por sentirmos que as expressões faciais são importantes, consagramos-lhes a nossa atenção. Por prestarmos atensão às expressões faciais, reagimos a elas. Por reagirmos, as expressões faciais tornam-se importantes na nossa comunicação. Da próxima vez que uma pessoa lhe perguntar se gostou do jantar que ela fez e o leitor disser que estava bom lembre-se de que o seu interlocutor está a prestar atenção não só ao que lhe diz, mas também a outras mensagens que lhe…